Criança e Adolescente

05/12/2013

EDUCAÇÃO - Brasil fica em 58º em ranking da educação

 

Apesar de ter apresentado uma melhora no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) entre 2003 e 2012, o Brasil ainda ocupa uma das últimas posições do ranking de qualidade de ensino fundamental. O exame avalia estudantes de 15 e 16 anos, em 65 países, em matemática, leitura e ciências.

Segundo levantamento divulgado ontem pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o país ficou em 58º lugar em matemática. Na última avaliação, em 2009, o Brasil havia ficado 57º lugar. Apesar disso, entre 2003 e 2012, a nota do país saltou de 356 pontos para 391 pontos.

Mesmo com o aumento, o Brasil continua atrás de países como o Cazaquistão, México e Uruguai. A pesquisa ressalta que metade dos ganhos obtidos pelo Brasil em matemática se deve ao desenvolvimento socioeconômico.

O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, elogiou o resultado do país. "Nossa fotografia ainda não é boa e não temos que nos acomodar Porém, nosso filme é muito bom. Quando olhamos o filme, somos o primeiro da sala", disse.

EDUCAÇÃO - Brasil fica em 58º em ranking da educação

Márcio ALves
Metro São Paulo

[Fonte: Metro Curitiba - Edição nº 655, ano 3 - 04/12/2013 - Pág. 4]

 

Brasil segue mal avaliado no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes

País apresentou avanços, mas segue entre os últimos colocados na avaliação

Apesar de ter conseguido uma evolução significativa nos itens avaliados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), o Brasil ainda está nas posições mais baixas do ranking. Entre os 65 países comparados, o Brasil ficou em 58º lugar. No entanto, desde 2003, o Brasil conseguiu os maiores ganhos na performance em matemática, saindo dos 356 pontos naquele ano e chegando aos 391 pontos em 2012, segundo os dados divulgados nesta terça-feira.

A avaliação, feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é aplicada a jovens de 15 anos a cada três anos. A pesquisa mede o desempenho dos estudantes em três áreas do conhecimento - leitura, matemática e ciências. Em 2009, o Brasil ficou na 54ª posição no ranking.

Entre os pontos destacados em relação ao Brasil também está o aumento percentual de estudantes matriculados. De acordo com o estudo, em 2003, 65% dos jovens com 15 anos frequentavam a escola. Em 2012, o país conseguiu matricular 78% dos adolescentes nessa faixa etária.

"Não só a maioria dos estudantes brasileiros melhorou o desempenho, mas também o Brasil aumentou a taxa de matrículas nas escolas primárias e secundárias", informa o relatório. Segundo o texto, as taxas de escolaridade para jovens de 15 anos aumentaram de 65% em 2003 para 78% em 2012. "Muitos dos alunos que agora estão incluídos no sistema escolar vêm de comunidades rurais ou famílias socioeconomicamente desfavorecidas, de modo que a população de alunos que participaram na avaliação do Pisa 2012 é muito diferente da de 2003", destaca o documento .

Mesmo com a evolução dos alunos em relação à matemática, o Brasil ainda está abaixo da média da OCDE, ficando no patamar de países como a Albania, Jordânia, Argentina e Tunísia. Comparando com a América Latina, a performance brasileira está abaixo do Chile, México, Uruguai e da Costa Rica. Porém, o país se saiu melhor do que a Colômbia e o Peru. A pesquisa ressalta que metade dos ganhos obtidos pelo Brasil em matemática se deve ao desenvolvimento econômico, social e cultural dos estudantes.

Apesar dos avanços, o Pisa mostra que há desafios em relação ao aprendizado de matemática. Na área, são seis os níveis de proficiência, sendo que o sexto nível é atingido apenas por 4,2% dos estudantes dos países que participaram do exame. A média brasileira atinge apenas o nível 1. Em um gráfico mais detalhado é possível observar que pouco mais de 60% dos estudantes brasileiros que participaram do exame estão no nível 1 ou abaixo dele. Pouco mais de 20% atingiram o nível 2. A porcentagem de estudantes que atingiu os níveis de 3 a 6 não chega a 20%.

Em leitura, o Brasil subiu de 396 pontos em 2000 para 410 pontos em 2012, colocando o país no mesmo patamar da Colômbia, da Tunísia e do Uruguai, abaixo da média da OCDE. Na América Latina, os estudantes brasileiros tiveram performance inferior aos colegas chilenos, costa-riquenhos e mexicanos. Mas, se saíram melhor do que os argentinos e peruanos. O estudo atribui a evolução do Brasil nesse item somente aos avanços econômicos e sociais no período.

A pesquisa mostra que 49,2% dos estudantes brasileiros conseguem, no máximo entender, a ideia geral de um texto que trate de um tema familiar ou fazer uma conexão simples entre as informações lidas e o conhecimento cotidiano. Apenas um em cada duzentos alunos atinge o nível máximo de leitura. Ou seja, cerca 0,5% dos jovens são capazes de compreender um texto desconhecido tanto na forma quanto no conteúdo e fazer uma análise elaborada a respeito.

Em ciências, o desempenho brasileiro também ficou abaixo da média, no nível da Argentina, Colômbia, Jordânia e Tunísia. O Brasil ficou, nesse item, atrás do Chile, da Costa Rica, do Uruguai e do México, mas à frente do Peru. Desde 2006, a performance brasileira saiu dos 390 pontos e chegou aos 405 em 2012. O estudo mostra que cerca da metade dessa evolução deve ser atribuída a mudanças demográficas e socioeconômicas da população.

Agência Estado

[Fonte: Estado de Minas - EM.com - 03/12/2013]

 

Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - PISA

O que é o programa:

O PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) é um projeto comparativo de avaliação, desenvolvido pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), destinado à avaliação de estudantes de 15 (quinze) anos de idade, fase em que, na maioria dos países, os jovens terminaram ou estão terminando a escolaridade mínima obrigatória. Um traço característico do PISA é sua vocação integradora, já que se baseia na colaboração dos países participantes e é dirigido de maneira conjunta a partir de interesses comuns.

As avaliações do PISA abrangem os domínios de Leitura, Matemática e Ciências, numa apreciação ampla dos conhecimentos, habilidades e competências inseridos em diversos contextos sociais, sendo aplicada a cada três anos.

Objetivo:

Avaliar aptidões ou competências comparáveis internacionalmente;

Produzir, em todos os países envolvidos, indicadores de desempenho estudantil voltados para as políticas educacionais, fornecendo orientação, incentivo e instrumentos para melhorar a efetividade da educação, além de possibilitar a comparação internacional.

Data de início:

2000

Instrumento legal que o instituiu:

O PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) é um programa internacional de avaliação coordenado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), do qual participam trinta e dois países, havendo, em cada um deles, uma coordenação nacional e do qual o Brasil faz parte.

Por que foi criado:

O PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) é um programa internacional de avaliação coordenado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), do qual participam trinta e dois países, havendo, em cada um deles, uma coordenação nacional e do qual o Brasil faz parte.

No Brasil, a instituição responsável pela implementação do PISA é o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - Inep, ao qual cabe o desenvolvimento e execução do Programa a nível nacional e atuação e articulação com instituições internacionais, mediante ações de cooperação institucional e técnica, em caráter bilateral e multilateral.

Descrição dos resultados alcançados:

Em 2006, o Brasil participou pela terceira vez do programa, junto com mais cinco países latino-americanos: Argentina, Chile e Colômbia, além de Uruguai e México.

Foi realizada em uma seleção representativa de escolas brasileiras que possuíam alunos de 15 anos matriculados na 7.ª ou na 8.ª série do ensino fundamental ou em qualquer série do ensino médio. A amostra de escolas, construída com base no Censo Escolar, foi definida pela Westat, instituição norte-americana que integra o Consórcio Internacional que administra o PISA, e teve como estratos principais as 27 unidades da federação. A amostra final continha 11.771 alunos, de 632 escolas de todo o País.

O PISA fornece uma extensa base para análise dos resultados das avaliações, tendo em vista orientar as políticas públicas. As análises devem prosseguir no sentido de identificar os determinantes geográficos, sociais, econômicos e educacionais do desempenho de alunos e escolas.

[Fonte: Ministério da Educação]

 

Matérias relacionadas:   (links internos)
»  Educação
»  Estatísticas

Download:   (arquivo PDF)
»  PISA - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Cartilha explicativa)

Referências:   (links externos)
»  CAOPCAE/MP-PR - Área da Educação
»  Metro Curitiba
»  OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE-Inep)
»  PISA - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA-Inep)

 

 

Recomendar esta notícia via e-mail:
Captcha Image Carregar outra imagem